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Mitologia foi uma das primeiras "religiões" |
No renascimento estilo Fênix do Blog Jovem Fonte eu gostaria de falar sobre o deus mais jovem da religião (ou mitologia se preferir) grega.
Tudo começa na Grécia antiga, o deus mais jovem do Panteão era Dionísio que nasceu da cópula entre Zeus (o rei de todos os deuses) e Sêmele (filha de Cadmo).
Sêmele morreu fulminada ao ver Zeus em toda a sua glória antes de dar a luz (será que Zeus era bonito de matar… Por assim dizer?).
Alguns dizem que Zeus já estava muito velho para as suas estripulias sexuais, e talvez, só talvez Sêmele tenha cometido o erro de curtir com a cara de homem velho que pensa ter 20 anos e Zeus ainda tinha força para fulminá-la.
Bom, o fato (se é que se pode falar em fatos quando se trata de mitologia ou religião grega) é que quando Dionísio estava com seis meses, Zeus o colocou dentro de sua coxa e o gestou até o dia de seu nascimento para o mundo.
No Monte Nisa ele teve como amas-de-leite as Ninfas, que também participaram de sua educação em meio à mata. Lá, com Sileno, aprendeu a cultivar vinhedos, por esse motivo, o chamam de deus do vinho e também da vegetação (não confundir com outros deuses, que comandavam florestas).
Ele andou pela Índia, por isso ele aparece em suas representações com peles de tigres e outros grandes felinos.
De volta à Grécia, Dionísio fez enlouquecer com delírios místicos a todos os que se opunham a ele sobretudo em Tebas e em Argos. (Argos mesmo nome do famoso navio de Jasão. Os heróis que viajaram neste navio se chamavam Argonautas; Caetano Veloso fez uma música com esse nome).
Já adulto Dionísio foi para a Trácia e lá castigou severamente o rei Licurgo por tentar capturá-lo (acho que filhos caçulas, mesmo de deuses, não impressionam muito).
De qualquer forma as narrativas mitológicas, contam que Dionísio foi um grande auxiliar de Zeus na guerra dos deuses contra os Titãs. Zeus o incentivava gritando:
- Evohé Dionísio! Evohé!
(alguma coisa como: Coragem Dionísio! Coragem!).
Lá em Argos ele introduziu seu culto que se espalhou por toda a Grécia e influenciou todos os outros cultos de mistério.
Ele tinha um cortejo de sátiros e silenos, que o seguia junto com as Ninfas, dentre os sátiros que os seguiam o mais famoso é Pã ou Pan, ele era filho de Hermes e de uma Ninfa chamada Dríope. Pan é o deus dos rebanhos, personificava a natureza, corria pelos montes caçando ou acompanhando a dança das Ninfas ao redor de Dionísio. (de onde vêm as palavras: pânico, pandemônio, Pan-América e Pan-americanismo).
Olha só, se você ficou curioso com a utilização e desdobramento da palavra Pan, eu explico: Os católicos identificavam Pan como um demônio, por ele ter o corpo metade bode (cabra) ou cavalo como afirmam alguns, mas ele tinha uns chifrinhos pequenos, portanto eu acho que ele está mais para bode (cabra) que cavalo, mas como as referências aos sátiros nos afrescos descobertos por arqueólogos têm rabos de cavalo… Bom, os europeus convenientemente diziam que o Novo Mundo era habitado por pessoas que viviam como Pan sem regras de moralidade cristã quase como os Sátiros, vestido com peles, pouca roupa e uma certa liberdade sexual, sem a moral hipócrita do Velho Mundo. Nada mais natural que passassem a identificar as novas terras descobertas como “a Terra de Pan” um verdadeiro Pandemônio.
Bem, me parece que qualquer confusão (minha por ignorância ou dos estudiosos por vaidade) pode ter haver com o fim dos cultos aos animais como deuses (Zoolatria) que com a obsessão que os humanos tem tido ultimamente por cães, gatos e animais de uma maneira geral, eu não duvidaria nem um pouco que em uma ou duas décadas retorne.
Jorge Costa
(O Rescator)
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