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27 de jan. de 2012

Projeto de obra em prédio desabado foi feito por funcionária sem formação, admite empresa

As obras no nono andar do edifício Liberdade, um dos três desabados no centro do Rio de Janeiro na quarta-feira (25), foram planejadas por uma funcionária da empresa TO (Tecnologia Organizacional) que não tem formação em engenharia e foram autorizadas pelo síndico do prédio. Cristiane Azevedo é formada em administração de empresas, mas fazia as plantas de reformas dos seis andares no prédio, onde a TO tinha escritórios. O síndico Paulo Renha pediu um laudo para um engenheiro, mas autorizou o início da obra mesmo antes de o documento ser entregue, disse o sócio-diretor da empresa, Sérgio Alves.
A reforma do nono andar começou há oito dias e havia derrubado seis paredes para a demolição de dois banheiros. Alves alegou que a empresa já realizou outras obras no prédio e que esse tipo de reforma não precisa de autorização da prefeitura.

O sócio da empresa disse que, mesmo assim, o síndico se preocupou com a obra por causa da quantidade de material e entulho e por isso pediu um laudo. No entanto, segundo Alves, o engenheiro que há havia feito laudos - documentos com cálculos de engenharia - para outras reformas na empresa não estava disponível. A TO fez uma reforma no 3º andar no ano passado, entre setembro e outubro, que teve o desenho de Cristiane e o laudo de um engenheiro.

- O engenheiro que fez o laudo do 3º andar teve um problema pessoal e não pode fazer o laudo agora. Nesse período o síndico autorizou começar obra.

Cristiane, que se feriu na cabeça no desabamento e está internada, fazia as plantas das reformas porque havia feito um curso para desenhar projetos, disse Alves.

- Ela recebeu conhecimento técnico.

Renha teria pedido o laudo para a TO também porque viu que a funcionária que planejou a reforma não era uma engenheira, justificou o diretor da empresa.

- As estruturas do prédio ficam do lado de fora. Estamos nesse prédio há 13 anos e fazemos obras há dez anos. Nunca foi pedida autorização.

A reportagem do R7 tentava falar com o síndico do prédio na noite desta sexta-feira (27). Por volta das 19h30, Renha prestava depoimento na 5ª Delegacia de Polícia (Mem de Sá), na Lapa, que investiga a responsabilidade da tragédia.
De acordo com o tenente Luciano Sarmento, do Quartel Central do Corpo de Bombeiros, até as 17h desta sexta foram retirados 90% dos escombros dos edifícios, cerca de 20 mil toneladas de entulho.
Na tarde desta sexta as equipes chegaram ao ponto onde estaria concentrado o maior número de vítimas. As buscas estão focadas na área onde ficava um curso, no prédio de número 44 na avenida 13 de Maio, no qual estariam 11 pessoas.
Com os focos de incêndio que ainda persistiam nos escombros, a fumaça atrapalhava o trabalho das equipes e dos cães farejadores, além de impossibilitar o uso dos sensores de calor . Os sensores de som também não eram utilizados, pois o barulho também é forte, o que comprometeria a operação. As buscas acontecem apenas com máquinas e homens.
Assista aos vídeos:

A tragédia
Três prédios de aproximadamente 18, 10 e quatro andares desabaram pouco depois das 20h de quarta-feira (25), na avenida 13 de Maio, região da Cinelândia, centro do Rio de Janeiro. Houve pânico e correria. Seis pessoas tiveram ferimentos leves. Mais de 20 ficaram soterradas. Um posto de informações para familiares de vítimas foi montado na Câmara dos Vereadores.
A Companhia Distribuidora de Gás do Rio de Janeiro, a CEG, informou que não fornecia gás para nenhum dos três prédios que desabaram e que não há registro de pedido de vistoria para esses edifícios.
Segundo a CEG, o fornecimento de gás para as ruas localizadas no entorno dos edifícios que caíram permanece interrompido por medida de segurança, conforme solicitação da Defesa Civil e da Prefeitura do Rio.
Desde as 6h de quinta-feira (26), estão interditados os seguintes trechos: avenida Treze de Maio e avenida Almirante Barroso entre a avenida Rio Branco e a rua Senador Dantas. Esta última está com mão invertida entre a avenida Almirante Barroso e a rua Evaristo da Veiga. Veículos procedentes da Cruz Vermelha e da avenida República do Chile devem seguir pela rua Senador Dantas.
Equipes de diferentes órgãos, como Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Comlurb, trabalham na remoção dos escombros. O entulho é levado para um galpão e passará por perícia. A expectativa é de que a remoção total termine em dois meses.

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